Os agentes socioeducativos vivem um drama constante
pelo baixo contingente da categoria nos centros socioeducativos do Acre. Com
suas reivindicações sendo atendida apenas quando acontecem rebeliões e fugas de
menores infratores, os profissionais lutam contra as péssimas condições de
trabalho oferecidas pela administração estadual.
O presidente do Sindicato dos Técnicos e Agentes em
Ações Socioeducativas do Acre (SINTASE), Betho Calixto, destaca que ainda
existem vários pontos críticos dentro do sistema socioeducativo do Estado do
Acre, principalmente o efetivo insuficiente para o desempenho das atividades
diárias nas unidades de reabilitação de menores.
“O governo ainda não entendeu que a atividade
do agente socioeducativo é imediata. Temos a necessidade da realização de um
concurso público. Mesmo com a chamada dos temporários, o numero de
profissionais não atingiu o a necessidade real de 328 agentes socioeducativos.
O quadro entre efetivos e temporários é de 229”, revela Betho Calixto.
O sindicalista diz que os socioeducadores estariam
sobrecarregados e não podem esperar pela boa vontade do governo. “Em todas as
reuniões que participamos, sempre coloquei as necessidades da categoria. Nunca
houve nenhuma manifestação expressa do governador Sebastião Viana em querer
ouvir o sindicato nem participar das reuniões”.
Segundo Betho Calixto, alguns membros do Governo do
Acre só sabem questionar as ações do sindicato, mas não oferecem contrapartida
nas rodadas de negociações, que esbarram na intransigência dos assessores
especiais.
SOCIOEDUCADORES NÃO SÃO LIBERADOS PARA ESTUDAR
Outra reivindicação do SINTASE seria em relação à
liberação dos agentes socioeducativos, que fazem curso superior. A
diretoria do sindicato pleiteia junto ao Instituto Socioeducativo a possibilidade
de continuar liberando os profissionais, antes do cumprimento da carga horária
completa, compensando em plantões posteriores.
Segundo Calixto, o ISE teme que a liberação dos
agentes possa comprometer o andamento dos procedimentos nas unidades. Todas as
permissões para que os profissionais saíssem teriam sido canceladas pelos
diretores da instituição. “O governo não permite que os socioeducadores saiam
antes 19h para estudar”, destaca Calixto.
O sindicato fez o levantamento do quantitativo de
profissionais que estudam e concluiu que o número socioeducadores que
frequentam curso superior é reduzido. “Os agentes estão buscando a
qualificação. Acho que o Estado deve rever sua postura e deixar de lado essa
política errônea acerca da liberação dos socioeducadores que estudam”, finaliza
o sindicalista.
http://www.ac24horas.com/2012/05/12/sindicalista-culpa-governo-do-acre-pela-insuficiencia-de-profissionais-em-centros-socioeducativos/
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