Sindicalista
afirma que houveram avanços significativos para a categoria, mas ainda há
absurdos dentro da administração estadual
Após a paralisação deflagrada pelo sindicato da
categoria na data do dia 07 de Dezembro de 2011 muitos avanços ocorreram dentro
das medidas socioeducativas, principalmente, no tocante as pautas de
reivindicações que constantemente era apresentada pela Diretoria do SINTASE nas
reuniões com membros da equipe de governo, deputados estaduais, membros do próprio
Instituto Socioeducativo do Acre, entre outros. Porém neste ano de 2012, boa parte destas exigências
houveram de ser atendidas pelo novo Diretor – Presidente, Henrique Corinto, que
após portariado como Presidente da autarquia ISE, o mesmo, resolveu convocar todos
os membros da diretoria do sindicato e buscar soluções amistosas para os
conflitos entre as duas entidades. Contudo, mesmo tendo boa parte das
reivindicações atendidas, ainda existem grandes problemas na área de
socioeducação informa o presidente do sindicato da categoria de agentes
socioeducativos, Betho Calixto. De acordo com o sindicalista, ainda há vários pontos
críticos dentro do sistema socioeducativo do estado do acre, principalmente
sobre a ótica de efetivo que ainda se encontra insuficiente para o desempenho
das atividades diárias e rotineiras que ocorrem nos Centros Socioeducativos.
Para Betho Calixto, o governo do estado ainda não
entendeu que a atividade do agente socioeducativo é imediata e momentânea, e ainda
há uma necessidade imensa de concurso público para área, mesmo com a chamada
dos profissionais que foram selecionados pelo processo seletivo temporário, o
numero de profissionais necessários ainda não atingiu o real que é de 328 agentes
socioeducativos, hoje o quadro de agentes, somando efetivos e temporários é de 229,
aborda o sindicalista.
“Não podemos mais esperar e nem aguardar a boa
vontade do atual governo, em todas as reuniões que participamos, sempre
coloquei as necessidades desta categoria aguerrida. Nunca houve nenhuma
manifestação expressa do Governador Tião Viana em querer ouvir o sindicato e
nem ao menos de participar das reuniões. Pelo contrário, alguns membros do
governo do estado só sabiam falar mal da minha pessoa e das atitudes que eram
tomadas pelo sindicato. Atitudes estas que podiam ser radicais, mas necessárias,
sendo que o sentimento que possuíamos naquele momento, era o de desprezo”
aborda Calixto.
Há alguns dias, o sindicato vêem buscando junto ao
Instituto Socioeducativo a possibilidade de continuar liberando os profissionais
em medidas socioeducativas para estudarem em faculdades, haja vista que o
numero de agentes que estudam a noite é mínimo. Segundo Calixto, o referido instituto
teme que tal liberação pode vir a comprometer o andamento dos procedimentos das
unidades ou até mesmo a segurança dos próprios socioeducadores.
Para o Presidente da categoria, todas as permissões
que houveram para que os profissionais saíssem cedo era estudada minuciosamente
pelos diretores, e segundo o sindicalista, o governo do estado não pode
esconder uma realidade que se encontra presente, que existe ainda uma
necessidade inadiável de profissionais para a área e que os colegas que trabalham
nos plantões possuem a necessidade imensa de sair mais cedo com o objetivo de chegarem
nas faculdades no seus devidos horários.
“Já levamos a demanda ao Presidente do ISE, foi
feita uma apresentação do quantitativo de profissionais que estudam e
demonstramos ainda que o numero de socioeducadores em faculdades é muito
reduzido. O Governo do estado não pode impedir ninguém de estudar, pelo fato de
não existir efetivo suficiente. Nossos colegas estão estudando, se qualificando,
buscando crescer mais tanto dentro do trabalho como em busca de outros
concursos, acho que o estado deve rever sua postura e deixar de lado essa política
errônea acerca da liberação dos socioeducadores que estudam”, conclui Calixto.
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